Estavam 47 pessoas na Ilha Branca quando o vulcão entrou em erupção. A maioria dos sobreviventes sofreu queimaduras graves.
As autoridades da Nova Zelândia abriram duas investigações para determinar a responsabilidade pelo desastre, incluindo operadores turísticos que organizam viagens para a ilha.
A procuradora Kristy McDonald disse hoje durante uma sessão do julgamento no Tribunal Distrital de Auckland que os 20 turistas e dois guias turísticos que morreram não foram avisados dos riscos.
"Eles não tiveram a oportunidade de tomar qualquer decisão informada sobre se queriam correr o risco de entrar na cratera de um vulcão ativo e imprevisível que entrou em erupção", disse McDonald.
Entre as vítimas mortais, 14 eram australianos, cinco norte-americanos, dois neozelandeses e um alemão.
Os proprietários da ilha, os irmãos Andrew, James e Peter Buttle, a sua empresa Whakaari Management Ltd. e as operadoras de turismo ID Tours NZ Ltd. e Tauranga Tourism Services Ltd. são suspeitos de não proteger adequadamente turistas e funcionários.
McDonald disse que a empresa proprietária do vulcão - Whakaari Management Ltd., não entendeu o risco, não consultou os operadores turísticos sobre os perigos, não garantiu que equipamentos de proteção individual adequados fossem fornecidos aos turistas e funcionários e falhou em fornecer um meio adequado de evacuação.
O vulcão já tinha entrado em erupção em 27 de abril de 2016 durante a noite e quando não havia ninguém na ilha.
Após a erupção de 2016, a agência de geologia da Nova Zelândia GNS Science disse que a sua equipa foi proibida de visitar o fundo da cratera até novo aviso por causa do "elevado estado de agitação vulcânica", disse McDonald.
Apesar de saber disso, vários operadores continuaram a levar turistas à cratera, disse.
Fonte: NM