COVID-19
28 Março de 2022 | 14h43

Ghana abre fronteiras terrestres e marítimas ao fim de dois anos

O Governo do Ghana abriu hoje as suas fronteiras terrestres e marítimas, pela primeira vez desde 22 de Março de 2020, quando as encerrou para impedir a importação de casos de covid-19, anunciou o Presidente do país.

Num discurso transmitido no domingo à noite na televisão e rádio do Ghana, o Presidente Nana Akufo-Addo anunciou que o país vai permitir a entrada a todos os viajantes totalmente vacinados contra o novo coronavírus, sem a necessidade de mostrar provas de um teste PCR.

Por outro lado, os cidadãos ghaneses e estrangeiros residentes no Ghana, que não estejam totalmente imunizados, serão obrigados a apresentar um teste PCR, e ser-lhes-á oferecida vacinação à chegada.

"O Governo realizou uma revisão abrangente das medidas implementadas para vencer a luta contra o coronavírus (...) com base no rápido declínio das infecções, no relativo sucesso da campanha de vacinação (...), e no aumento da capacidade dos sectores de saúde pública e privada que temos desenvolvido ao longo dos últimos anos", afirmou.

Na sexta-feira passada, prosseguiu, "houve 72 casos activos (no Ghana), não foram registados casos graves ou críticos, os centros de cuidados covid-19 estavam vazios e a quarta vaga parece ter terminado", acrescentou Akufo-Addo no seu discurso.

Além da reabertura das fronteiras terrestres e marítimas, o Presidente também retirou o uso obrigatório de máscaras faciais e a proibição de reuniões de massas em eventos, edifícios religiosos, cinemas e outros locais, desde que os participantes possam provar que estão totalmente vacinados.

Ainda assim, exortou os cidadãos a usar máscaras sempre que possível e a continuar a lavar as mãos frequentemente.

Com 16% da população ghanesa totalmente vacinada contra o coronavírus, Akufo-Addo reconheceu que não atingiu o seu "objectivo de cobertura nacional", embora tenha sublinhado que níveis "razoáveis" foram alcançados em "pontos críticos", como as áreas urbanas de Accra e Kumasi.

"O Governo está determinado a utilizar todos os meios disponíveis para atingir o nosso objectivo de vacinar cerca de 20 milhões de ghaneses até Junho", disse Akufo-Addo.

Anunciou também que o seu Governo irá utilizar cerca de 23 milhões de euros para facilitar a produção de vacinas - tanto para o novo coronavírus, como para outras doenças, como a malária e a tuberculose - no interior do país.

Desde que a pandemia começou, o Ghana registou mais de 160.900 casos de coronavírus, dos quais 1.445 mortais.

 

Fonte: ANGOP